Medidas do governo são insuficientes diante das dívidas rurais, dizem agricultores em protesto 1135q

Por Redação / Agora no Vale Publicado 13/06/2025

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A mobilização de agricultores por renegociações das dívidas rurais completou um mês nesta sexta-feira (13), no Rio Grande do Sul. Os produtores pedem a securitização dos débitos acumulados devido às sucessivas estiagens que atingiram o Estado, com prejuízos expressivos principalmente na safra de verão.

Os produtores afirmam que não estão pedindo o perdão das dívidas, mas sim condições de pagamento compatíveis com a realidade enfrentada no campo. Entre as reivindicações, estão prazos maiores e juros entre 3% e 5% ao ano.

Medidas já anunciadas 2y5q6o

No fim de maio, o Conselho Monetário Nacional (CMN) confirmou a prorrogação dos vencimentos das parcelas de financiamentos para custeio e investimentos de produtores do Rio Grande do Sul, no âmbito do Plano Safra. A medida foi anunciada pelo governo federal após meses de negociação.

Com a decisão, o pagamento das operações de custeio poderá ser estendido por até três anos, enquanto as parcelas de investimento com vencimento em 2025 poderão ser prorrogadas por até um ano após o vencimento contratual.

Para ter o ao benefício, no entanto, os produtores precisam apresentar comprovação das perdas, com documentação que mostre o que foi plantado, o que foi colhido e a capacidade atual de pagamento.

Protestos continuam 2x2c5y

Apesar da medida do CMN, os produtores consideram que ela não resolve o problema, já que muitos acumulam dívidas oriundas de várias safras prejudicadas por eventos climáticos. O movimento afirma que a securitização — espécie de consolidação das dívidas com alongamento dos prazos e condições facilitadas — é necessária para garantir a sobrevivência econômica das famílias no campo.

A mobilização é pacífica e segue sendo realizada com o apoio de sindicatos, cooperativas e associações de agricultores. Os organizadores pretendem manter as ações até que haja resposta efetiva por parte do governo federal.

O Ministério da Agricultura e Pecuária foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou. O espaço segue aberto para posicionamento.