Irã lança 120 mísseis contra capital de Israel, causando destruição e pânico. Situação se torna ainda mais crítica 6o4k4g
Por Redação Publicado 01/10/2024
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foto ilustrativa FreePik
Crescente tensão entre Israel e o Hezbollah deve ter consequências ainda maiores nas próximas horas.
O Irã disparou 120 mísseis balísticos em direção a Israel nesta terça-feira (1º), de acordo com informações das Forças Armadas israelenses. A ação ocorre em meio à crescente tensão entre Israel e o Hezbollah, um grupo extremista apoiado pelo regime iraniano, nas últimas semanas.
A maioria dos mísseis atingiu Tel Aviv, resultando em várias explosões na cidade. Em resposta, a população buscou refúgio em bunkers e abrigos. Como medida de segurança, Israel fechou seu espaço aéreo e interrompeu todas as operações nos aeroportos. Até o momento, duas pessoas foram levemente feridas, segundo o governo. Não há registro de outras vítimas até a última atualização. No entanto, um atentado a tiros ocorrido nos arredores de Tel Aviv resultou em oito mortes (veja mais detalhes abaixo).
Ataque do Irã: retaliação pela morte de líderes extremistas
Esse lançamento de mísseis marca a primeira retaliação direta do Irã após a escalada dos conflitos com Israel e a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, e Ismail Haniyeh, do Hamas. O Irã alegou que o ataque foi uma resposta às recentes operações militares israelenses no Líbano.
O lançamento dos mísseis ocorreu por volta das 18h30 no horário local (13h30 em Brasília) e atingiu o território israelense em cerca de 12 minutos. Cerca de 20 minutos após o primeiro ataque, uma segunda leva de mísseis foi disparada, segundo a agência estatal iraniana, mas não havia atingido Israel até a última atualização.
Explosões em Tel Aviv e impacto em infraestruturas
De acordo com a imprensa iraniana, a Universidade de Tel Aviv foi atingida, mas ainda não há relatos de vítimas. Além disso, um posto de gasolina também foi danificado, segundo a mídia israelense. Imagens de Tel Aviv mostram mísseis cruzando o céu, muitos dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis israelense, o Domo de Ferro.
Em resposta aos ataques, tanto a Jordânia quanto o Iraque fecharam seus espaços aéreos como medida preventiva.
Tensões no Oriente Médio: ataques simultâneos e novas ameaças
Quase simultaneamente ao lançamento dos mísseis, um atentado a tiros em Jaffa, próximo a Tel Aviv, resultou na morte de oito pessoas. Dois terroristas abriram fogo contra pedestres na Avenida Yerushalayim, intensificando o clima de tensão na região.
Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que um ataque do Irã a Israel teria “consequências severas”. Washington ainda está auxiliando Israel na preparação para possíveis novas ofensivas de Teerã, e autoridades israelenses garantiram que o país está preparado para qualquer ameaça, tanto ofensiva quanto defensiva.
Escalada de conflitos no Líbano e retaliações israelenses
Em paralelo ao conflito com o Irã, Israel também intensificou suas operações no Líbano, com incursões terrestres limitadas em áreas controladas pelo Hezbollah. O grupo extremista, que já vinha bombardeando o norte de Israel desde outubro de 2023 em solidariedade ao Hamas, respondeu com disparos de mísseis direcionados a Tel Aviv e outras localidades.
O Exército de Israel ordenou que civis de mais de 20 cidades no sul do Líbano deixassem suas casas imediatamente. A operação israelense conta com o apoio da Força Aérea e artilharia pesada, visando alvos específicos do Hezbollah, que usa infraestruturas civis como escudo.
Conflitos regionais e a posição de Israel
O governo israelense já havia sinalizado uma possível operação terrestre no Líbano após o aumento das tensões com o Hezbollah. No entanto, a ofensiva do Irã, com o lançamento dos mísseis, traz uma nova dimensão ao conflito, intensificando a crise no Oriente Médio.
Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, manifestaram apoio às operações israelenses contra o Hezbollah e defendem uma resolução diplomática que permita o retorno seguro dos moradores do norte de Israel às suas casas, após constantes ataques do grupo extremista.