NO RS, crescimento do comércio é menor do que a média brasileira 316j35

Em abril de 2025, o volume de vendas do comércio varejista gaúcho teve crescimento de 1,0% frente a março, na série com ajuste sazonal, após queda de 0,6% no mês anterior. O Rio Grande do Sul ficou entre as 17 unidades da federação que tiveram resultados positivos no mês, quando o índice nacional foi de -0,4%.
A média móvel trimestral no estado variou 0,3% no trimestre encerrado em abril. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 9,6% frente a abril de 2024. O acumulado no ano foi de 6,0%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou ganho de 8,1%.
No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas recuou 1,9% na série com ajuste sazonal, após variação positiva de 0,3% em março. A média móvel trimestral foi de -1,0% no trimestre encerrado em abril de 2025. Na série sem ajuste sazonal, que inclui, além das atividades citadas, o Atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o varejo ampliado cresceu 2,7% frente a abril de 2024. O acumulado no ano foi de 5,7%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 9,0%.

Sete das oito atividades do varejo tiveram alta frente a abril de 2024 1i5x1a
Em relação a abril de 2024, o comércio varejista no Rio Grande do Sul teve crescimento de 9,6%, com taxas positivas em sete das oito atividades: Tecidos, vestuário e calçados (20,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,7%); Livros, jornais, revistas e papelaria (5,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,3%); Combustíveis e lubrificantes (2,8%) e Móveis e eletrodomésticos (0,1%). A única atividade com recuo frente ao mesmo mês no ano anterior foi a de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-17,3%).
No comércio varejista ampliado, com crescimento de 2,7% nas vendas frente a abril de 2024, apenas o setor de Material de construção (4,6%) teve aumento no volume de vendas. Já as atividades de Veículos e motos, partes e peças (-11,1%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-10,3) tiveram queda nesta mesma comparação.


A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou alta de 20,6% nas vendas frente a abril de 2024, 12º resultado positivo consecutivo e o mais intenso do período. Com isso, a atividade registrou a maior alta, na comparação interanual, entre as atividades do comércio varejista, contribuindo com 1,2 ponto percentual (p.p.) do total de 9,6% do volume do comércio. No ano, o setor acumula ganhos de 12,4% até abril, ante 9,0% até março. No acumulado dos últimos 12 meses, ao ar de 7,4% até março para 10,3% até abril, o setor também demonstra aumento no ritmo de ganhos.
O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou alta de 14,0% nas vendas frente a abril de 2024, voltando ao campo positivo após recuo de 3,0% em março. Com isso, o setor teve a maior contribuição, no campo positivo, para o desempenho do varejo, respondendo por 7,0 p.p. do avanço global de 9,6%. No ano, o setor acumula 7,0% de crescimento até abril, acima do patamar de março (4,8%). Nos últimos 12 meses, o valor também é positivo, ando de 9,1% de ganhos até março para 9,9% até abril.
Para o grupamento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., o indicador registrou crescimento de 7,7% na comparação interanual, invertendo sinal registrado no mês anterior (-3,5% em março de 2025, contra março de 2024). A atividade mostra crescimento de ritmo em relação ao acumulado no ano, ando de 1,8% em março para 3,3% em abril. O mesmo acontece para o acumulado nos últimos 12 meses, que registrou 4,9% até abril.
As vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria registraram aumento de 5,6% frente a abril de 2024, após recuos nos dois meses anteriores (-10,6% em fevereiro e -14,3% em março). O acumulado no ano mostra redução no ritmo de perdas, ao ar de -5,2% em março para -3,6% em abril. Nos últimos doze meses, o cenário é similar: -6,2% até março e -5,3% até abril.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 4,3% no volume de vendas frente a abril de 2024. Ao todo, são 27 meses consecutivos registrando crescimento: a última vez que houve queda para o setor foi em janeiro de 2023 (-3,4%). Com isso, o acumulado no ano, até abril, é de 4,5%, repetindo o resultado de março. Nos últimos 12 meses, os ganhos am de 7,0% até março para 6,6% até abril.
Na comparação interanual, o setor de Combustíveis e lubrificantes registrou alta de 2,8%, oitavo resultado positivo consecutivo. Em relação ao acumulado no ano, ao ar de 7,3% até março para 6,2% no mês de referência, a atividade mostra diminuição no ritmo de ganhos. Já nos últimos 12 meses, os ganhos aceleraram de 2,8% até março para 3,5% até abril.
O volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos tiveram variação de 0,1% frente a abril de 2024, mantendo a atividade no campo positivo pelo terceiro mês seguido. O acumulado no ano é de 1,2% em abril, ante 1,5% em março. Nos últimos 12 meses, o resultado é de 11,8% até abril, também abaixo do mês anterior (12,6%).
Já o agrupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda pelo segundo mês consecutivo: -15,3% em março e -17,3% em abril. No ano, o setor acumula perdas, cuja intensidade aumentou de -8,5% para -10,8% entre março e abril. Nos últimos 12 meses, o resultado é positivo em 3,0%, mas decrescente desde setembro (19,2%).
No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Material de construção apresentaram alta de 4,6% no volume de vendas, 11º resultado positivo em sequência na comparação interanual. No acumulado no ano até abril, a atividade mostra diminuição no ritmo de ganhos, ao ar de 13,6% até março para 11,4% até o mês de referência. Nos últimos 12 meses, o resultado é de 13,6%, próximo do mês anterior (13,5%).
O volume de Veículos e motos, partes e peças teve retração de 11,1% na comparação de abril de 2025 com abril de 2024, maior recuo desde maio de 2024 (-34,3%). Foi a maior contribuição negativa dentre os onze setores para o resultado do varejo ampliado, somando -1,8 p.p. do total de 2,7%. No acumulado do ano, os ganhos são decrescentes desde janeiro (11,2%), chegando a 1,6% em abril. O mesmo se deu para o acumulado dos últimos 12 meses, que vem decrescendo de 11,1% até janeiro para 7,5% até abril.
A atividade de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou sua primeira taxa negativa em 11 meses: -10,3%. Na comparação interanual, o último recuo havia ocorrido em maio de 2024 (-3,4%). O acumulado no ano é positivo, mas mostra redução no ritmo de ganhos, ando de 12,2% para 6,1% entre março e abril. Nos últimos 12 meses, também há desaceleração: 12,3% até abril, ante 15,4% até março.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e unidades da federação.