Fraudes com Pix causam prejuízo bilionário no Brasil e preocupam autoridades 48t2v

Por Redação Publicado 23/04/2025

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Golpes com sistema de pagamentos instantâneos já somam quase R$ 5 bilhões em 2024; contas-laranja e quadrilhas virtuais estão entre principais instrumentos usados por criminosos

As fraudes envolvendo o Pix causaram um prejuízo de R$ 4,9 bilhões apenas nos primeiros meses de 2024, segundo dados do Banco Central obtidos via Lei de o à Informação. O valor representa um aumento de 70% em relação ao mesmo período do ano ado, acendendo um alerta em todo o país — inclusive no Sul, onde a movimentação financeira intensa pelo sistema e os registros de golpes têm se tornado cada vez mais comuns.

Sul do país não escapa dos golpes 505zn

O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estados com alta penetração digital e grande número de transações via Pix, vêm registrando aumento nas notificações de fraudes. Os golpes mais frequentes na região envolvem o uso de contas-laranja e esquemas de engenharia social, em que as vítimas são convencidas a realizar transferências por meio de enganações, ameaças ou falsas promessas de investimento.

O número de notificações mensais no Brasil ou de uma média de 216 mil em 2023 para mais de 390 mil em 2024. Em janeiro, por exemplo, 324.752 denúncias foram consideradas procedentes pelas instituições financeiras.

Contas-laranja viram alvo de quadrilhas c513c

Grande parte das tentativas de devolução de valores transferidos por golpe tem sido rejeitada por falta de saldo ou encerramento da conta do recebedor. Segundo especialistas, isso aponta para o uso massivo das chamadas contas de agem — muitas vezes “alugadas” por usuários a criminosos para escoar o dinheiro de fraudes. Essas contas-laranja são frequentemente oferecidas em grupos de redes sociais e podem render até R$ 10 mil para quem as cede, dependendo do perfil e dos limites de movimentação.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, há registros crescentes de estudantes e jovens adultos sendo aliciados para fornecer suas contas bancárias, muitas vezes sem compreender totalmente as implicações legais. As instituições financeiras defendem punições rigorosas a quem colabora com os golpistas.

Fraudes digitais desafiam bancos e segurança cibernética 6b2i6s

De acordo com dados do Banco Central, 38% das contas usadas para receber dinheiro de fraudes em 2024 estavam no nome do próprio golpista. Outras 27% foram identificadas como contas-laranja. Apenas 1% dos casos foram classificados como fraude na abertura da conta, em geral utilizando documentos vazados ou falsificados.

A digitalização dos serviços bancários e a facilidade para abrir contas online têm facilitado esse tipo de crime. Em resposta, o Banco Central intensificou a fiscalização sobre os processos de verificação de identidade. O Itaú Unibanco, por exemplo, afirma que bloqueia imediatamente contas identificadas como veículos para fraudes, e sugere que usuários que cedem suas contas sejam banidos do sistema financeiro por cinco anos.

Prejuízo ainda é pequeno em proporção, mas impacto é alto 671v54

Apesar do valor bilionário, as fraudes representam apenas 0,019% do total movimentado pelo Pix no ano — R$ 26,4 trilhões. Ainda assim, os impactos para as vítimas individuais e para a segurança do sistema como um todo são significativos.

A tendência é que o combate a fraudes se torne cada vez mais tecnológico, com integração entre bancos, novas ferramentas de verificação e educação dos usuários para evitar cair em golpes. No Sul, onde o uso do Pix é amplamente difundido, a atenção deve ser redobrada, principalmente diante da atuação crescente de quadrilhas especializadas em fraudes digitais.

Fonte: Banco Central