O segredo do fundador da Construtora Diamond: duas colheres de mel de abelha sem ferrão 1x705s

Reportagem de
Andreia Rabaiolli / Agora no Vale

O empresário Hugo Schmidt completará 76 anos em poucos dias e tem uma saúde imbatível: livre de gripe ou problemas atrelados à doenças de pulmão, possui um sítio vasto e organizado, no interior de Arroio do Meio. Ali a dias com a esposa, em meio a caixas de abelhas nativas.

Fundador da Construtora Diamond, empresa consolidada no segmento imobiliário de Lajeado pela sofisticação das construções, Schmidt vive entre o verde e a vida natural. Ele dá a receita de bem-estar e longevidade: “duas colheres de mel pela manhã e duas à noite”.
Os meis são retirados do seu meliponário em Arroio Grande e não falham: são de abelhas jataí e mandaçaia.

Para ele, as abelhas são eficientes amigas da saúde. “Elas produzem um excelente antibiótico no mel”. O empresário começou a se interessar pelas abelhas há uma década, quando a construtora já era conhecida pelos imóveis de alto padrão.
Criar jataís tornou-se seu hobby em uma época em que pouca gente entendia de abelha nativa.

SCHMIDT FOI O PRIMEIRO PRESIDENTE DA PRIMEIRA ASSOCIAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS 593n4v

Nos idos de 2014, nem Estado do Rio Grande do Sul e nem o Vale do Taquari, possuíam qualquer entidade ligada às abelhas nativas. Cada um criava abelha do jeito que podia.
Schmidt desejava aprender mais sobre o comportamento das abelhas nativas e por isso, com um grupo de amigos, criou a Associação de Meliponicultores do Vale do Alto Taquari (AMEVAT), a primeira associação do Rio Grande do Sul, destinada a preservar as abelhas sem ferrão.

“Naquela época, não tínhamos quem nos ensinasse sobre meliponicultura e nem sabíamos os modelos de caixinhas que teríamos de ter para criar as abelhas. Então amos muitas noites acordados, redigindo um estatuto.”

Ele se propôs, com os amigos a arregimentar documentos e fundar a associação, planejar a diretoria e motivar as pessoas a se tornarem meliponicultores.

Foi o primeiro presidente da Amevat e deu visibilidade à causa das abelhas nativas.
“Há uma década, a abelha sem ferrão era considerada um bicho “clandestino” , como se devesse viver da mesma forma que um papagaio”.

SCHMIDT MORA NUM SÍTIO CHEIO DE ABELHAS MANSAS 2l584p

As pessoas que criam abelhas sem ferrão são chamadas de meliponicultores e também consideradas preservacionistas, porque ajudam a preservar as polinizadoras do planeta.
As abelhas sem ferrão diferem das abelhas ápis, que vieram da África e se multiplicaram no Brasil. As sem ferrão são incapazes de ferroar e podem ser criadas em casas ou apartamentos. O mel é mais saboroso e de melhor qualidade, portanto, mais caro.

O empresário Schmidt não cria abelhas para vender o mel. As fileiras de mandaçaias e jataís que possui no sítio, foram feitas por afeto. Ele as observa e compreende que ajudam a natureza e o ecossistema mundial. Uma pequena quantidade de mel é retirada por ele, para consumo da família. Apenas isso.

Como empresário que construiu casas e espalhou o legado da Diamond durante 26 anos, Schmidt quer agora, expandir a importância das abelhas sem ferrão, essenciais para a manutenção da biodiversidade no Planeta. E aconselha: “Coma mel de abelha nativa duas vezes ao dia, se possível”

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