Lajeadense bate recorde no Motocross nos Estados Unidos 2o6s2
Por Redação / Agora Publicado 23/05/2023
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O lajeadense Enzo Lázaro Pedó Lopes, de 23 anos, alcançou o sonho de muitos quando o assunto é esporte: conquistou uma carreira internacional. Desde 2010, seu talento brilha nos Estados Unidos, competindo profissionalmente no Motocross. Há 13 anos, foi quando ele começou a participar de campeonatos na terra do ‘Tio Sam’. Desde 2016, ele mora na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, onde está localizada a sede de sua equipe Yamaha ClubMX.
Neste ano, Lopes viveu até o momento a sua melhor temporada. Isso porque percorreu a costa oeste dos Estados Unidos através do Supercross e obteve os melhores resultados para um brasileiro na história do Motocross no país. “Ganhei uma corrida classificatória, conquistei várias colocações entre os cinco primeiros nas finais, o que é muito bom, e terminei o campeonato em quarto lugar. Acabei em quarto lugar no geral”, conta o jovem atleta.
O jovem já conquistou campeonatos em todo o Brasil e venceu todas as categorias de base em que participou. Tudo começou em Arroio do Meio e Lajeado. Depois, ele foi para a Serra Gaúcha, São Paulo, Minas Gerais e Nordeste, entre muitos outros municípios e estados brasileiros.
IDA AO EXTERIOR 685u12
Depois de tantas vitórias no país de origem, a família de Lopes decidiu tentar a sorte nos Estados Unidos, pois ir para o exterior também era um desejo antigo. Com apoio, amor e parceria, aos poucos, eles alcançaram os resultados desejados. A oportunidade para o jovem atleta decolar na carreira esportiva veio dos mais próximos. Juntos, eles abraçaram um sonho antigo e foram em busca de realizá-lo. “Graças a Deus deu certo, mas tive momentos difíceis, porque a trajetória de um atleta tem altos e baixos. Tive dias bons e ruins, mas com determinação e fé consegui seguir com meu sonho. São os momentos difíceis que nos levam aos momentos bons. A transição para a nova cultura não foi fácil.”
E as participações de Lopes não param por aí. De julho a novembro, ele participará de um campeonato na Europa chamado Supercross Global, e no próximo ano haverá o Supercross de janeiro a maio. “O céu é o limite e estou muito feliz com minha equipe e temporada. Estou aproveitando bastante.” Sua rotina inclui muito treino, garra e dedicação para alcançar os melhores resultados.
Participar do cenário do esporte nos Estados Unidos trouxe diferentes percepções para ele. “O Motocross, assim como outros esportes, é extremamente valorizado e bem visto. No Brasil, apenas o futebol é bem valorizado. Ter vindo muito cedo para os EUA também me ajudou a ser bilíngue e me ensinou a compreender como as coisas funcionam em lugares e culturas diferentes. Quero ar isso aos meus filhos e para outras pessoas que quero ajuda a chegar onde cheguei. Não adianta alcançar tudo isso, mas não poder compartilhar.”
O FUTURO 406s3c
O rapaz conta que, normalmente, a carreira do piloto de motocross não é tão longa pelo fato do esporte ser de risco e de trazer muitos impactos ao corpo e função dos saltos. Portanto, ele pretende ainda seguir até os 27-28 anos na carreira. “Eu já conquistei muita coisa, mas acho que o sonho continua palpitando em minhas veias. Estou na melhor fase da minha vida agora e acredito ainda que o melhor está por vir conforme essa temporada foi e acredito muito nisso.” Depois, os planos são de voltar ao Brasil, pois gosta muito de sua terra natal. “Vou ser feliz e encontrar algo pra me trazer esse mesmo amor, embora acredite que será difícil encontrar algo que traga a mesma adrenalina.”
A PAIXÃO VEIO AOS TRÊS ANOS DE IDADE 5g185r
O jovem fará, neste ano, 24 anos e já conta com 21 anos de carreira. Desde os 3 anos de idade há a paixão por motos. Quase 100% de sua vida até agora são dedicados ao Motocross. “Comecei a correr, porque meu pai sempre esteve envolvido no esporte e digo que, praticamente, nasci em cima de uma moto. Sempre acompanhei ele. Quando eu tinha 2 anos comecei a andar de bicicleta, com 3 ganhei uma PW e assim iniciou a minha história. Seria muito diferente se eu não tivesse tido o contato com a moto desde cedo, seria um mundo adverso para mim. Comecei por causa de meu pai, mas a paixão está no sangue.”