De top model internacional a jornalista: conheça a história da cruzeirense Sheila Baum 6l3q1t
Por Redação / Agora Publicado 16/05/2023
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A cruzeirense Sheila Baum conquistou o mundo da moda! Durante quinze anos, ela realizou o sonho de muitas meninas nascidas nos anos 80 e início dos anos 90: ser uma top model. Sheila foi capa da Vogue, realizou diversas campanhas nacionais e internacionais, conheceu 14 países, foi recordista das Semanas de Moda São Paulo Fashion Week e antiga Fashion Rio, ao pisar na arela 74 vezes em sua segunda temporada. Conheceu ícones como Madonna, Leonardo DiCaprio, Gisele Bündchen e a canadense Linda Evangelista, ícone dos anos 90. Hoje, aos 32 anos, ela leva uma vida tranquila em Cruzeiro do Sul, é graduada em Jornalismo e atua como social media na empresa do pai. Conheça mais sobre a história dessa jovem que consolidou uma carreira com beleza, charme e simplicidade.
O início 9705b
Tudo começou em 2003, quando Sheila tinha 13 anos e estava na aula de Educação Física na escola. Dois scouts, popularmente conhecidos como ‘olheiros’, foram até o local e se surpreenderam com a altura e o perfil de Sheila. “Fui convidada para uma seleção e fui acompanhada do meu pai. Marla Drebes tirou uma foto minha e disse que eu seria uma top”. No entanto, como ela ainda era muito jovem, foi acompanhada por um período até ser propícia para começar a carreira. Aos 14 anos, foi para São Paulo, mas acabou desistindo depois de alguns trabalhos e retornou para a cidade natal. E como a vida traz de volta o que pertence ao caminho de cada um, dois anos depois, quando tinha 16 anos, surgiu uma nova oportunidade: foi para Porto Alegre, São Paulo novamente e dali em diante decolou para a carreira internacional.
Foi tudo muito rápido com a jovem que sofria bullying na escola por ser alta e magra. O seu porte não aprovado pelos colegas de classe era um prato cheio para a moda internacional. Um dos primeiros trabalhos foi um editorial de beleza para a conhecida Revista Capricho e desfile para estilista brasileira Glória Coelho. Entre muitas oportunidades, consolidou-se tantas que não seria possível citar todas.
Nos Estados Unidos, Europa, América do Sul e Ásia ela deixou a sua marca com seu rosto exótico, 1,75 metro, olhos azuis, garra e determinação. Muitas vezes foi comparada com a top italiana Carla Bruni pela semelhança física. Trabalhos para as revistas Elle, Vogue, Marie Clair, Sexy, Mag, Top Magazine, Queens, Empório, Fourever, fizeram parte da rotina. Fotos e campanhas para marcas nos quatro cantos do país. Para Reinaldo Lourenço, ocorreram desfiles. Trabalhos também para TNG e Lupo foram concretizadas com sucesso. Trabalhos para com tema noivas, bolsas, órios e sapatos também foram um forte. Fotografou com um dos renomados fotógrafo brasileiro André Schiliró e participou da super concorrida campanha da marca italiana Dolce e Gabbana onde foi fotografada por Mário Testino, um profissional de peso. Ela foi escolhida.
Fato marcante x173y
Além disso, um dos fatos mais marcantes foi a seleção para a capa da revista Vogue em 2007. Sheila conta que concorreu com outras modelos, pois é difícil conseguir o trabalho pelo fato das modelos serem escolhidas a dedo. “Sempre tem já as capas certas. A Gisele Bündchen, por exemplo, tinha algumas definidas. Fiquei sabendo que eu fui a escolhida quando me vi no outdoor do aeroporto de Congonhas quando eu estava indo para o Fashion Rio. De repente, vi que era eu na capa e não quis acreditar. Aquilo foi surpreendente e um choque, não quis acreditar.”
Depois de tantos anos de experiência, ela se sente grata e feliz por tantos trabalhos realizados na moda, por ter conhecido pessoas especiais e lugares que nunca imaginou estar. Mesmo assim, sempre procurou ser simples e evitou frequentar lugares badalados. No entanto, o período não foi só de glamour. Ele diz que teve muita luta, algumas dificuldades e teve que ficar longe da família. “Quando a gente trabalha nisso não pode comer o que quer, não podemos mudar o cabelo ou pintar as unhas. Somos sempre avaliadas para os trabalhos. Tem pessoa muito boas na área e outras nem tanto assim.”
Com o sonho realizado e entrar no rol das tops gaúchas, ela diz que amadureceu e não é mais a mesma Sheila que saiu de Cruzeiro do Sul para o mundo em 2004. “Eu evolui muito e ei a entender, porque as pessoas agem e são de determinados jeitos. Fui muito feliz sim e conquistei muitas coisas. É algo que guardo dentro de mim.”
Voltou para Cruzeiro 4z940
No ano de 2019, ela sentiu que precisava de mudanças e que o momento no mundo da moda estava chegando ao fim. “Eu entendo na vida tudo são ciclos e sentia que precisava renovar meu coração, mente e alma. Decidi que queria voltar para meu município que nasci, ficar mais perto da família, me formei em Jornalismo, pois gosto muito de leituras e de escrever. Hoje, invisto em mim, na minha nova área de atuação, na minha espiritualidade, equilíbrio e sou muito feliz.
Cresci muito como pessoa muito rápido. Outra questão, é que hoje as modelos são escolhidas para os trabalhos de acordo com número de seguidores nas redes sociais. Na minha época era muito diferente, não abraço essa nova forma, não me adaptaria. Acredito que não irá mais surgir outra Gisele e cada ser humano tem seu caminho.” A pandemia de 2020 também confirmou que fez a escolha certa de retornar para mais perto da família. Ao ser questionada sobre o retorno da carreira, diz que não pretende retornar apesar das propostas que ainda batem na porta. “Decidi fechar esse livro que fez parte da minha vida, mas guardo tudo com muito carinho. Foi uma bela estrada.”
