A missão de transportar mulheres e crianças: saiba a história da motorista Adriana Medeiros 3e2gg

Qual a definição que pode ser dada para a palavra missão? Entre tantas, uma delas é sobre fazer aquilo que o coração vibra e deixa a alma leve. É o caso da motorista executiva, Adriana Pacheco Medeiros, de 42 anos, de Lajeado conhecida carinhosamente por Adri Medeiros.

Por muitos anos, ela foi auxiliar istrativa de escritório, mas sentia que precisava de mudanças e que a rotina diária já não a realizava mais. Foi quando um pouco antes da pandemia, em janeiro de 2020, o esposo deu uma ideia que mudaria a vida e a carreira profissional de Adriana para sempre: ser motorista particular e com um diferencial de ter como foco atender mulheres e crianças. “Já levei maridos e filhos de clientes também, mas o foco são as mulheres e os pequenos pela segurança, comodidade e conforto. Atendo homens por indicação também.”

Ela começou, mas logo vieram as incertezas e crise do coronavírus. Com o negócios fechados e pouco movimento, muitos desistiram. Um dos aplicativos que eram utilizados por ela teve problemas e acabou sendo excluído. No entanto, ela seguiu firme e forte e, aos poucos, foi conquistado espaço e clientes.

Hoje, não se imagina em outra profissão. Acordar todo os dias para levar as ageiras é sinônimo de alegria, amor e gratidão. Para Adriana, é um prazer ver o sol da manhã nascer e se pôr com a sensação de dever cumprido. “Muitas vezes o dia é de muito movimento, mas eu agradeço por tudo. Me descobri em outra profissão em um momento muito difícil que foi a pandemia, onde muitos perderam tudo, por isso, que quero seguir sempre nisso. As pessoas querem me conhecer, me chamam. Isso é muito especial.”

“Eu tive sempre muita força do meu marido para seguir em frente. Na pandemia, meu telefone não parava de tocar e as coisas foram fluindo.” Ela já andou quilômetros em Lajeado, Porto Alegre e até São Paulo. Tem clientes dos diferentes municípios do Vale do Taquari e também mulheres que vêm da Capital Paulista para negócios. “Quando elas vêm para o Sul já me ligam para buscá-las em Porto Alegre.”

Adriana diz que a melhor parte da profissão são as cliente que viram amigas, a troca de experiências e os aprendizados diários. Além disso, estar em diversos locais diferentes todos os dias também traz uma rotina diferenciada. “Eu fico feliz com o carinho que recebo delas. Eu ganho presente de aniversário, do dia das mães e isso não tem preço. Elas confiam em mim e isso é muito bom. Ajudo muito como posso, muitas compartilham o desafios e problemas comigo. São histórias felizes e tristes que chegam até mim todos os dias.”

FÉ EM DEUS 1q192d

Um do ponto forte de Adriana é a fé que tem em Deus. Muitas vezes, ela dirigiu orando e teve a resposta que buscava. Um dia houve um episódio no Centro de Lajeado que ela teve a certeza que teve a mão divina. “Era mais ou menos uma 7h e vinha do Centro em direção ao bairro. De repente, senti que deveria trocar de pista e isso foi muito forte. A minha sorte, pois quando troquei ouvi um estouro. Veio um caminhão e bateu no carro onde eu estava. Essa fé que me ajuda e me dá a segurança de eu continuar seguindo.”

SUPERAÇÃO 205u27

Tem um ditado que diz que nada é por acaso. É o fato se confirma na vida de Adriana. Anos atrás, ela tinha muito medo de dirigir. No entanto, um acidente com o esposo em 2013 fez com que ele ficasse em recuperação por dois meses sem poder pegar no volante. Assim, ela teve que pegar o carro da família e dirigir pela região e cidades da Serra Gaúcha para ajudar o esposo da profissão.

“Eu comecei a dirigir e perdi o medo. Atualmente, vou para qualquer lugar. Aprendi muito e a experiência diária me proporciona bons momentos.”

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