Veja os impactos das chuvas intensas e enchentes na produção rural do RS 6r182c

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) divulgou um relatório preliminar que revela os impactos das chuvas intensas e enchentes no Rio Grande do Sul, causados pelo ciclone extratropical no início de setembro. A elaboração do documento ficou a cargo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

O fenômeno climático resultou em danos significativos devido aos altos volumes de chuva, granizo localizado e transbordamento de rios e arroios. De acordo com o relatório, as condições climáticas adversas afetaram 50 municípios, 665 localidades e 10.787 propriedades na região.

Os principais impactos incluem:

Infraestrutura:

• Afetou 4.456,8 quilômetros de estradas vicinais.
• Causou problemas de escoamento da produção em 197 comunidades.
• Danos em 1.192 casas, 621 galpões, 12 armazéns, 116 silos, 25 estufas de fumo, 25 estufas/túneis plásticos para horticultura, 128 açudes (piscicultura/irrigação), 53 aviários e 45 pocilgas.

Produção Primária:

• Resultou em sérias perdas na produção de grãos, frutas, olericultura e fumo.
• Destaque para milho e trigo com grandes áreas afetadas e alto volume de produção perdido.
• Perdas consideráveis na fruticultura, incluindo laranja e uva.
• Impacto significativo na olericultura e na produção de fumo, prejudicando muitos produtores.
• Ao todo, 1.616 produtores tiveram perdas na produção de grãos, 88 na fruticultura, 2.691 no fumo e 198 na olericultura.

Pecuária:

• Registraram-se 29.356 animais mortos, incluindo bovinos de corte e de leite, suínos e aves.
• Perda de 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixe.
• 346 produtores foram prejudicados.
• Produção não coletada de leite chegou a 327,3 mil litros, impactando 813 produtores.

Pastagens:

• Afetou diretamente a atividade pecuária, prejudicando a produção de carne e leite.
• 1.880 hectares de pastagem nativa, 10.730 hectares de pastagem cultivada e 50 hectares de silagem foram atingidos, afetando 1.022 produtores.
• Perda de 35,5 mil pés de eucalipto.

Além disso, a região de abrangência do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar Lajeado foi severamente afetada pelo cheio do rio Taquari, prejudicando o setor de turismo rural e causando danos à infraestrutura e paisagens naturais inundadas.

Também foram relatados prejuízos a agroindústrias familiares, como a Lansing, em Arroio do Meio, que teve toda a sua estrutura danificada, incluindo estoques de produção e insumos para a próxima safra, além de cercas destruídas e áreas com solo devastado.

Em General Câmara, uma comunidade quilombola foi inundada pelo rio Taquari, levando à retirada das famílias do local. Os dados relacionados às localidades iníveis serão computados posteriormente, e um relatório final será publicado nos próximos dias, fornecendo um panorama mais completo dos impactos dessa tragédia nas áreas rurais do Rio Grande do Sul.

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