Tirar férias da psicoterapia pode trazer alguns danos à saúde mental?! 6d6xs

Por Redação / Agora Publicado 12/12/2024

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Confira alguns pontos importantes a serem pensados!

A psicologia infantil desempenha um papel crucial no desenvolvimento emocional, social e comportamental das crianças. Nesse processo, a psicoterapia muitas vezes surge como uma ferramenta indispensável para ajudá-las a lidar com desafios como medos, ansiedade, traumas, dificuldades de aprendizagem, problemas de socialização e até mesmo conflitos familiares.
No entanto, uma questão que frequentemente surge é se principalmente crianças devem ou não tirar férias da psicoterapia, especialmente em períodos como férias escolares ou durante mudanças na rotina.
Tirar férias da psicoterapia pode parecer uma ideia inofensiva, mas, na prática, essa interrupção pode trazer consequências negativas, principalmente para as crianças:

Continuidade no desenvolvimento emocional:
As crianças em psicoterapia estão em um processo de aprendizado emocional contínuo. Ao interromper as sessões, elas podem perder o ritmo de progresso e até regredir em habilidades ou estratégias que estavam começando a desenvolver. A constância é essencial para solidificar os avanços emocionais e comportamentais.
Rotina e segurança:
Para muitas crianças, a terapia é um espaço seguro onde elas se sentem ouvidas e compreendidas. Interromper esse espaço pode gerar insegurança ou a sensação de abandono, principalmente em crianças que já enfrentam dificuldades com mudanças ou separações.
Impacto nos desafios atuais:
A vida das crianças continua, independentemente das férias escolares ou de outras pausas na rotina. Questões emocionais, conflitos familiares ou outros desafios não desaparecem nesse período. Pelo contrário, a ausência da terapia pode deixar a criança sem e para lidar com novas situações ou problemas que possam surgir.
Dificuldade de retomada:
Após uma pausa, pode ser difícil para a criança reconectar-se com o terapeuta e retomar o processo do ponto em que parou. Essa desconexão pode atrasar ainda mais o progresso ou até levar a uma resistência à terapia.
Exemplo de compromisso:
Manter a continuidade na terapia ensina à criança a importância de comprometer-se com processos de longo prazo e que algumas coisas precisam desse tempo para melhorarem. Isso pode ter um impacto positivo em outras áreas da vida, como na escola ou em projetos pessoais.
É importante lembrar que cada caso é único, e a decisão de interromper ou continuar a terapia pode ser discutida com o terapeuta. Criancas que fazem muitas atividades e/ou terapias tem uma rotina cansativa e podem precisar de um descanso de atividades com dia e horário marcado, mas grandes períodos de afastamento podem comprometer o que já foi realizado. Em alguns casos, as férias podem ser adaptadas para um espaçamento maior entre as sessões, sem que o vínculo terapêutico seja completamente rompido. Assim, a criança mantém o apoio necessário durante períodos de mudanças.
A psicoterapia é um processo que depende de constância e continuidade para alcançar resultados significativos. Pausar esse processo pode interromper avanços importantes e até gerar novas dificuldades. Por isso, mesmo em períodos de férias, é essencial priorizar o bem-estar emocional e buscar soluções que mantenham a terapia como parte integrante de sua vida.

Natália Witezorek
Psicóloga
Instagram: @natiw.psico