Língua presa é coisa séria! 34e3a

Por Redação / Agora Publicado 18/04/2023

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O assunto língua presa está em alta nas redes sociais por conta de uma blogueira famosa. A mãe percebeu que havia algo errado durante a amamentação, a dor, e divulgou recentemente que o seu bebê precisou ar por uma cirurgia na língua ao nascer.
Vamos entender melhor?

Uma pequena porção de tecido, que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do bebê na gestação, permanece embaixo da língua, limitando o seu movimento.
Essa limitação pode causar uma série de alterações nas funções sugar, engolir, mastigar e falar.

Nos casos mais graves, pode ir além, com bullying por atraso na fala, não conseguir lamber um sorvete, maior risco para lesões de cárie pela dificuldade em realizar a autolimpeza oral, dificuldade em tocar instrumentos de sopro, e até mesmo para beijar na boca.

Em 2014, foi criada uma lei que torna obrigatório o Teste da Linguinha em recém-nascidos. Através da aplicação de um protocolo, se identifica a mobilidade da língua e as suas alterações, se existirem.

Percebendo a alteração anatomofuncional, se avalia a língua em uma de suas funções mais importantes para o bebê, a sucção no seio.
Se observa como é feita a extração do leite, se a mãe sente dor ao amamentar, mesmo após a correção da pega e posicionamento e também, se o mamilo sai da boca do bebê deformado após a mamada.

Unindo a avaliação da mamada, pontuação do teste e detectando a alteração na forma e função do frênulo, é recomendado realizar a freno ou frenectomia.

Quem pode fazer essa cirurgia?

Cirurgiões-dentistas e médicos.

Como é feita?

Após anestesiar a língua do bebê, é necessário fazer um corte e a liberação das fibras, para assim, a língua ganhar mais mobilidade.
É considerado um procedimento de baixo risco quando bem avaliado e indicado através de uma equipe multidisciplinar atualizada.

A partir disso, muitas coisas vêm acontecendo, boas e não tão boas, como se todos os problemas agora fossem decorrentes de um frênulo lingual alterado. Cada caso deve ser individualizado.

Ainda existem muitos estudos a serem realizados sobre esse assunto, pensando sempre em melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

Algumas opiniões profissionais se divergem sobre quando e se realizar o Teste, o procedimento e a anestesia. Portanto, busque sempre por especialistas capacitados e humanizados para avaliar e corrigir a língua do seu bebê.

Conteúdo escrito pelas profissionais:

por Joanna Moraes
Consultora de Amamentação e Fonoaudióloga
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por Ana Elisa Draghetti
Cirurgiã-dentista e Pós-graduanda em Odontopediatria
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